Em um momento de profunda comoção para a Igreja Católica e para o mundo, faleceu hoje o Santo Padre Papa Francisco, 266º Sucessor de Pedro. Aos 88 anos, Jorge Mario Bergoglio encerra sua missão nesta terra após mais de uma década como pastor da Igreja universal, sendo o primeiro Papa jesuíta e o primeiro originário da América Latina.
Sua morte foi anunciada oficialmente pelo Vaticano na manhã desta segunda (21/04), com o toque dos sinos da Basílica de São Pedro e o início das orações fúnebres por sua alma.
Um pontificado marcado pela misericórdia e proximidade
Desde sua eleição em 13 de março de 2013, Papa Francisco assumiu o nome do Pobrezinho de Assis e marcou a Igreja com uma espiritualidade centrada na misericórdia, no cuidado com os pobres e na simplicidade evangélica.
Francisco buscou resgatar a imagem de uma Igreja “em saída”, como hospital de campanha, presente onde a dor do mundo mais se fazia sentir. Em suas palavras e gestos, esteve ao lado dos migrantes, dos doentes, dos esquecidos, dos encarcerados. Seu lema papal, Miserando atque eligendo (“olhou-o com misericórdia e o escolheu”), resumiu bem o tom de seu pontificado.
Um pastor em tempos turbulentos
Durante seu ministério, enfrentou desafios imensos: escândalos dentro da Igreja, reformas internas, polarizações crescentes no mundo e até uma pandemia global. Em tudo isso, Francisco procurou manter a firmeza na doutrina aliada à ternura do Evangelho.
Entre seus documentos mais impactantes estão Evangelii Gaudium, sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual; Laudato Si’, sobre o cuidado da Casa Comum; e Fratelli Tutti, sobre a fraternidade e amizade social.
Seu magistério desafiou a Igreja e o mundo a saírem da indiferença e a cultivarem uma cultura do encontro.
O retorno à Casa do Pai
O falecimento do Papa Francisco não é apenas um evento histórico; para os católicos, é também um mistério de fé. A Igreja crê que, assim como Pedro, ele cumpriu sua missão de confirmar os irmãos na fé (cf. Lc 22,32), e agora, parte para o encontro com Cristo Ressuscitado, a quem serviu com humildade.
Diversas comunidades ao redor do mundo celebram Missas em sufrágio por sua alma. A Liturgia das Horas é rezada em união com toda a Igreja, especialmente o Ofício dos Defuntos, pedindo a Deus que o receba em Seu Reino eterno.
O funeral e o tempo de Sé Vacante
O corpo do Papa Francisco será velado na Basílica de São Pedro, onde os fiéis poderão prestar suas homenagens. O rito fúnebre, presidido pelo Decano do Colégio Cardinalício, será seguido do sepultamento nas grutas vaticanas.
Com sua morte, inicia-se o período de Sé Vacante, durante o qual a Igreja se encontra sem Papa até a eleição do novo sucessor de Pedro. O Colégio dos Cardeais será convocado para o Conclave, que deverá ocorrer dentro dos próximos dias no Vaticano.
A esperança permanece
Mesmo em meio à dor da separação, os cristãos creem na promessa de Jesus: “Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11,25). A Igreja, que é mãe, chora a perda de seu pastor, mas mantém viva a esperança na ressurreição e na continuidade da missão que Cristo confiou a Pedro.
Que o Espírito Santo conduza a Igreja neste tempo de transição, e que a memória do Papa Francisco permaneça viva como sinal de esperança, fé e amor pelos pequenos.
Requiescat in pace, Papa Francisco.