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PROPÓSITOS 4/5 – EVANGELISMO

O propósito do evangelismo

“Eu preciso anunciar também em outras cidades… pois foi para fazer isso que Deus me enviou” (Lc 4,43).

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As palavras de Cristo demonstram o propósito que norteou Seu ministério: dar salvação! Veja o que Paulo escreveu sobre a missão de Cristo (cf. Fp 2,6-7a). Aqui aprendemos que para chegar na excelência do evangelismo Jesus passou por uma séria mudança em sua condição: se esvaziou, mudou suas companhias literalmente, fazendo-se um de nós… A nós, que também ouvimos do Senhor o chamado de publicar a salvação (cf. 1 Pd 2,9), juntamente com a graça para executar este sublime ministério de salvar pessoas, recebemos o desafio de mudar nosso jeito de ser para então sermos eficazes.

O evangelismo é uma questão de estilo de vida. Ou seja, é uma opção que fazemos em tornar nossa vida um Evangelho aberto para que as pessoas, no contato conosco, possam ter a possibilidade de chegarem a um encontro real com o Salvador. Evangelismo, antes de estar ligado a práticas de anúncio da Palavra como promoção de eventos, tem a ver com uma paixão ardente em salvar vidas que Deus imprime no coração do cristão (cf. 1 Cor 9,16).

Quem dá esta paixão pela conquista dos descrentes (alvos D) e pela restauração dos afastados (alvos A) é o Espírito de Cristo. É Ele quem abre a vida da gente para esta realidade, quem tira a timidez e a insegurança em comunicar Jesus, é Ele quem abre os caminhos para semearmos a Palavra (cf. Lc 8,11). Assim, receba esta mensagem: você é pescador de gente e a sua célula é uma pequena barca onde estão outros pescadores (cf. Mt 4,19). Não há desculpas, pois o “ide” de Jesus contempla a todos, quer sejamos líderes ou não, pois existe uma graça sobre você para levar pessoas a Jesus e levar Jesus às pessoas (cf. Jo 1,35-51). E como faz o pescador de peixes?

Vamos ver alguns princípios importantes:

1) O bom pescador sabe o que está pescando: você e sua célula devem saber quem são as pessoas que querem alcançar. O tipo de peixe determina o equipamento (anzol, redes) (cf. Mt 15,24; Gl 2,7). Conheça as pessoas de seu bairro, veja o que mais elas gostam e pelo que se interessam, pois quanto mais as conhecemos, melhor servimos;

2) Aprender a pensar como peixe: o pescador deve saber as preferências do peixe (o que ele come, que horas costuma dar mole etc.). A Bíblia chama isto de sabedoria no trato com os não-cristãos (cf. Cl 4,5). Medite nisto: “Quanto mais tempo gastamos no ambiente cristão, menos pensamos como os descrentes”. Pra conhecer, converse, ouça, visite…;

3) Ir onde o peixe está mordendo: nem sempre o mar tá pra peixe… Nem toda pessoa está pronta para receber o Evangelho. Você tem que saber a hora certa, ou seja, “atacar” quando a pessoa se mostrar receptiva e isto se dá, sobretudo quando ela vive momentos de estresse ou de alegria. Fique atento;

4) Pegar o peixe nos termos dele: o alvo deve determinar a tática e não o pescador. O pescador não diz: “Se quiser, morde…”. O evangelista tem que estar onde as pessoas estão (cf. 1 Cor 9,19-23). Capture o interesse de seus alvos, procure a ferida e cure-a. Existem necessidades na vida de todas as pessoas, basta-nos vê-las;

5) Pescar o tipo de peixe que você tem mais facilidade: André evangelizou seu irmão, Mateus seus amigos de trabalho com uma festa. A samaritana convidou pessoas a irem ver Jesus, já o cego de nascença testemunhou o que lhe aconteceu. Pedro pregava com intrepidez, Paulo com sutileza… Deus usa cada um de nós de acordo com o nosso jeito!

As pessoas querem encontrar em nós cristãos pontos de semelhança com eles e não um povo esquisito, que além de tudo se acha melhor por estar em Jesus! Abra-se às mudanças no estilo de vida pessoal e você colherá muito no evangelismo.

Por Cesar Machado Lima – Com. Fanuel