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PROPÓSITOS 5/5 – SERVIÇO

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Qual é a missão da Igreja senão dar continuidade ao ministério de Cristo!? Foi Ele quem disse: “Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês” (Jo 20,21).

A Igreja foi chamada por Deus para compartilhar com a humanidade os tesouros da insondável misericórdia do Senhor, manifesta em Jesus. Para tanto, Ele nos dotou com a Sua graça.

Se para servir carecíamos de graça – essa ajuda divina –, Cristo tratou logo de fazer Sua parte, dando-nos o Espírito sem medidas (cf. Jo 3,34), que não permite que faltem os dons necessários para o exercício de nosso ministério (cf. 1 Cor 1,7).

Existem vários dons de serviço ou carismas, essas ferramentas valiosas que devem ser usadas para a edificação do Corpo de Cristo (cf. 1 Cor 12,4). E esses dons não teriam sentido de existirem se não tivéssemos na Igreja os ministérios, que são os campos específicos de atuação dos cristãos por meio por carismas.

Nosso grande serviço a Deus, na verdade, é um serviço à humanidade, porque no fundo Deus não tem necessidades a serem supridas nem precisa – literalmente falando – de nós! Então, quando alguém diz servir a Deus, deve ter bem claro que serve as pessoas. Já ensinava S. João: “Se alguém diz: Eu amo a Deus, mas odeia o seu irmão, é mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê” (1 Jo 4,20).

Servir as pessoas é a imitação mais básica de Cristo e a Igreja sempre esteve dotada da diakonia, ou seja, do “serviço das mesas”, que mostra o quanto a vida cristã é posta em prática quando uns socorrem aos outros com suas preces e bens materiais.

Atos 2, 42-47 e Atos 4,32s traz o retrato ideal para a vida da Igreja, o nosso horizonte a ser perseguido. Foi-se o tempo que nós cristãos ficávamos fechados em nós mesmos, em nossas crenças, práticas religiosas e etc., julgando de fora “este mundo” e nos sentindo os tais. Essa visão vem sendo superada em muitos organismos eclesiais, principalmente dentro da proposta que estamos vivendo, as células.

Deve haver um sincero esforço em cada um de nós por encarnar a fé em nossa vida e, por meio do testemunho de comunhão e caridade, oferecermos às pessoas a oportunidade do encontro com Cristo. Não basta orar, adorar, cantar, pregar, convidar… Temos de aprender a servir, identificando as necessidades básicas de quem está mais próximo de nós, e oferecermos ajuda. Há uma frase muito interessante que merece ser refletida: “Procure a ferida e cure-a”.

O serviço é a essência de tudo, pois é o estilo de vida de Jesus (cf. Mt 20,28). Uma comunidade em células precisa, além das celebrações (no templo) e das reuniões das pequenas comunidades (nas casas), atuar por meio dos ministérios (ou pastorais), e assim fazer brilhar a luz de Cristo sobre a vida de todas as pessoas. Leia Efésios 4,7-12.

Por Cesar Machado Lima – Com. Fanuel