ROTEIRO DE CÉLULA
(Série: Pequenas virtudes, grandes mudanças)
Texto bíblico: Lc 16,10-12
Uma grande vantagem em adquirirmos a virtude da economia é que por ela aprendemos a respeitar a obra de Deus, reconhecendo o preço de todos os bens que desfrutamos. Quem pode melhor dizer a Deus o pão nosso de cada dia nos dai hoje? O que desperdiça ou o que não perde nada pois conhece o seu valor?
Em Lc 15,11-32 Jesus identificou o pecador não como um criminoso sujo, mas como o filho mais novo, que desperdiçou estupidamente a fortuna adquirida com o suor do pai. Ou seja, o pródigo (= esbanjador) ofende a Deus porque despreza o fruto do trabalho humano, e porque despreza a Providência Divina;
Muita gente, por ter uma atitude descontrolada quanto aos seus bens materiais, por exemplo, justifica sua não participação na partilha de bens na Igreja. Dizem: “Se eu pudesse, certamente seria dizimista… Mas não sobra… É muito difícil etc.”. Neste caso, é importante verificar o motivo desta “não sobra”;
Mas, acima de tudo, é preciso compreender que é uma belíssima disciplina da vida cristã a partilha material na comunidade em que participamos. É uma verdadeira virtude, uma graça e não uma esmola dada a partir do que sobrou;
Veja como São Paulo tratou desta questão em 2 Cor 9,6-15 (peça para alguém ler o texto todo). Destacamos o seguinte: “Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais SEMPRE O NECESSÁRIO e ainda TENHAIS DE SOBRA para empregar em alguma boa obra” (v.8). Ele ora para que os irmãos tenham o necessário – como disse Jesus em Mt 6,25-34 – e para que tenham uma “sobra”, fruto da virtude da economia. E para que? Para “empregar em alguma boa obra”.
Repartir o dinheiro na comunidade cristã é uma prática dos primórdios da Fé (cf. At 2,44-45; 4,34-35). Logo, é vontade de Deus para nós; quer tenhamos pouco ou muito, o Senhor espera que repartamos, pois isto é virtuoso. E o Senhor espera que repartamos porque justamente provê em nossas necessidades e dá além do necessário àqueles que decidem-se compartilhar. É o que lemos nos v.8-10. O v. 10 diz que Deus nos dá o pão para comer (o que devemos consumir em nossa família) e a semente para semear (o que devemos repartir), porque Deus é generoso e espera que o sejamos também.
Por fim, a economia não é uma velhinha desconfiada, sempre temerosa que lhe falte algo, mas é uma senhora bem vestida, que ninguém engana, que arranja-se com o que tem, porque é rica… Sabe livrar-se das necessidades inúteis. Quando caímos no aperto financeiro, ela nos ajuda a sair dele, pois não deixa que nada se perca, e assim sempre tem algo para dar.
Questões:
1. Você sabe o que é a Divina Providência? Costuma experimentá-la em sua vida? Dê algum testemunho ou exemplo.
2. Motive os irmãos a orar pedindo a Deus a Divina Providência, sobretudo diante do Santíssimo Sacramento, e confiar suas necessidades materiais a São José, patrono da Igreja.