ROTEIRO DE CÉLULA
Série: Conhecendo Jesus
Texto bíblico:Jo 19,1-3
INTRODUÇÃO – Como lidar com as injustiças e a maldade das pessoas? Como suportar dores, enfermidades e humilhações sem sair da presença de Deus?
• Após a agonia no horto das Oliveiras, Judas concretizou a traição do Senhor, que foi preso e submetido ao julgamento. Condenado, foi trocado por um homicida revolucionário, sob os gritos da multidão: “Crucifica-o!”;
• Então, “Pilatos mandou açoitar Jesus” (v.1). Era tradição romana primeiro flagelar o condenado à crucifixão. Muitos não resistiam os açoites e nem chegavam à cruz, por causa das dores extremas. Isto porque o flagelo era feito de tiras de couro ou corda com pedaços de ferro e osso atadas às extremidades. Os 39 golpes rasgavam a carne de tal modo que se podia ver as veias do condenado, além de sua musculatura interna e os tendões;
• “Os soldados teceram de espinhos uma coroa e puseram-lha sobre a cabeça e cobriram-lhe com um manto de púrpura” (v.2). Este ato cruel multiplicou as intensas dores do Salvador, pois a coroa de espinhos perfurava a cabeça na região dos nervos trigêmeos, ocasionando uma sequência de contrações dolorosas dos músculos e ataques de dores faciais indescritíveis, segundo a medicina, as mais intensas vivenciadas por um ser humano;
• Naquela coroa estava a zombaria do reinado de Cristo, bem como o manto de cor vermelho escuro e as palavras: “Salve, rei dos judeus” (v.3). Ali estavam nossa desobediência e orgulho, nossa lentidão para a conversão!;
• Tudo isto o Senhor Jesus sofreu injustamente. Deus se viu de mãos atadas e preso a uma coluna, onde foi açoitado física e moralmente;
• Este doloroso mistério da vida de Cristo nos convida a meditar duas realidades: a primeira que é a nossa participação nesta tragédia. Sim, porque somos pecadores, foi por conta de nosso pecado que o Senhor passou por tudo isto. E hoje, quando pecamos gravemente novamente O trocamos por um homicida e o atamos à coluna da flagelação, como está escrito em Hb 6,6: “Da sua parte, crucificaram de novo o Filho de Deus e PUBLICAMENTE O ESCARNECERAM”;
• A segunda lição que recebemos deste mistério de dor é a seguinte: Nosso Senhor suportou todo o escárnio e humilhação, todo açoite físico e moral silenciosamente;
• Ora, precisamos ser mais resistentes às contrariedades e adversidades da vida. Reaprender a lidar com as dores e as enfermidades sem murmurar, oferecendo sacrifícios de amor a Deus, reaprender a lidar com as atitudes das pessoas que nos ferem, humilham, julgam, rebaixam e questionam… Qual de nós já foi amarrado por amor a Deus e açoitado? Nossos sofrimentos são nada perante a Paixão do Senhor, mas como berramos, como choramingamos, como murmuramos, como tentamos provar nossa inocência, nossa justiça… É preciso aprender a mortificar nossa carne e nossa alma. A flagelação é um convite ao despojamento de nosso eu. Que saibamos nos impor pequenas privações (com menos conforto, com jejum, abstinência, trabalhos manuais, frio, calor, não reclamar das refeições, do salário etc.) e sobretudo acolher com humildade as dificuldades e humilhações impostas intencionalmente ou não pelas pessoas dentro de casa, no trabalho, na Igreja. Dos dois modos nos santificamos, mas principalmente neste segundo, pois rebaixa nossas vontades.
Questões:
1. Leia Cl 3,5-6, explique brevemente o que é mortificação e desafie os irmãos a se imporem alguns sacrifícios por amor a Jesus atado à coluna e flagelado.
Por Cesar Machado Lima
Comunidade Fanuel